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Paulo Nobre: 'A receita alternativa é o torcedor. É o consumidor'

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Paulo Nobre: 'A receita alternativa é o torcedor. É o consumidor' Empty Paulo Nobre: 'A receita alternativa é o torcedor. É o consumidor'

Mensagem  DanielRico Seg Jan 17, 2011 11:42 am

Paulo Nobre: 'A receita alternativa é o torcedor. É o consumidor'
Dizendo ser a terceira via na eleição do Verdão, candidato fala em profissionalização e evita rebater ataques de Palaia



Paulo Nobre concorre ao cargo de presidente do Verdão na quarta-feira - Paulo Nobre
Thiago Salata
Publicada em 17/01/2011 às 09:43
São Paulo

Paulo Nobre é o mais jovem dos candidatos à presidência do Palmeiras. Conselheiro desde 1997 e vice-presidente de Affonso Della Monica em 2007 e 2008, o empresário, formado em direito, considera reais suas chances de se tornar presidente, na quarta, aos 42 anos.

Confira aqui a entrevista do candidato Salvador Hugo Palaia

Nobre se diz uma terceira via, contra as candidaturas de Salvador Hugo Palaia, atual vice, e Arnaldo Tirone, da oposição. Conhecido por "Palmeirinha" no mundo do automobilismo, o também piloto de rali evitou rebater os ataques de Palaia, apostou no torcedor para atrair mais receitas ao clube e falou em profissionalização nesta entrevista, em seu escritório, no Itaim.

L!: Por que Paulo Nobre está pronto para tal cargo?
Desde que eu me conheço por gente, respiro Palmeiras. Meu sonho era ter sido centroavante. Mas quando cheguei à conclusão que não tinha categoria, eu desisti (risos). Estou na vida política desde 1997. Tenho o sonho de ser presidente, mas jamais toparia se não me sentisse apto. Já fui vice, estive próximo do poder. E não tenho dúvida que estou capacitado, levando minha experiência profissional, implantando uma maneira mais profissional. O caminho é profissionalizar ao máximo o clube, separando o futebol da parte social.

L!: Como gerir o futebol? E quem estará à frente deste setor?
A cabeça do torcedor é só futebol. Mas quando você frequenta o clube, entende que é uma sociedade esportiva. Não pode esquecer do clube. Para o futebol, num primeiro momento, eu vou assumir o comando. Não terei vice de futebol, talvez um diretor que vai me auxiliar. A intenção é profissionalizar alguns departamentos do clube, que demandam tanto trabalho, que a pessoa se prejudica na vida profissional. A diretoria de futebol entra no mesmo patamar. É preciso um profissional remunerado. Mas preciso encontrá-lo, com características de manager. Quando achar tal profissional, passarei o comando do futebol.

L!: O clube atrasou salários, tem dívidas... Como trabalhar isso?
Está claro para os três que o problema existe. Não adianta iludir o torcedor. A ideia é ter um time eficiente, aguerrido. O início de um trabalho começa com uma comissão técnica séria, que temos. O Palmeiras tem receitas interessantes, com essas receitas dá para ter um time competitivo. O torcedor não é bobo, eu vim da arquibancada e sei dos seus anseios. Salário em dia é obrigação. Não é com passe de mágica que vamos resolver isso. Mas não me preocupo, porque as receitas do futebol são suficientes. A preocupação é com a dívida. Ao separar o futebol do social, um não se esconde mais no outro. O pessoal do futebol prova que as receitas cobrem despesas. Falam que o social dá prejuízo. Mas muitos custos que deveriam ser arcados pelo futebol são pagos pelo social: seguranças, transporte, roupeiros. Quando você separa, você enxerga os dois ralos e vê o verdadeiro vilão. A dívida bancária é grande. A atual gestão renegociou, alongou a dívida. Pagamos 22% ao ano de juros, acredito que consigo reduzir para 13%. É verba para ajudar.

L!: E como aumentar receitas?
A receita alternativa é o torcedor. Ele é nosso consumidor, público alvo. É um torcedor fanático, que tem de ser entendido. Você precisa conhecer o público: quantos palmeirenses existem? 15 milhões, 16 milhões? Temos de saber isso, sua classe social, sexo, idade, anseios. O que ele quer? Conhecendo o consumidor, dê a ele o que quer consumir. O torcedor, ou o sócio-torcedor, pode ser a grande fonte de receita. Uma das ideias é fazer com que ele participe da vida política. Como fazer sem ferir o Conselho Deliberativo? A ideia é uma eleição em dois turnos: o primeiro dentro do Conselho. Sobram dois candidatos, que iriam para o segundo turno em assembléia geral, onde sócio e sócio-torcedor elegeriam o presidente. O conselheiro não perde autoridade, porque votaria nos dois turnos.

L!: O programa de sócio-torcedor atual não emplacou e é falho.
É uma pedra preciosa que não foi lapidada. A ideia não é sucatear ingresso. Não posso prometer ingressos. O sócio-torcedor terá prioridade no ingresso. Você pode, sim, dar descontos, ter camisas populares, matar cambista, o pirata.

L!: Belluzzo trata a dívida na casa dos R$ 80 milhões. Outros falam em R$ 150 milhões. Qual é a real dívida do Palmeiras?
Só vou poder responder quando eu sentar lá. Você pode analisar um balanço de várias maneiras. O Palmeiras precisa saber a dívida que tem de honrar com bancos, investidores, jogadores. O Belluzzo é muito bem intencionado. Que torcedor achava que o Palmeiras não seria campeão em 2009? Se fosse campeão, o quadro seria outro. A dívida se saiu grande, mas eu tomo muito cuidado antes de sair pichando.

L!: O Palaia o chamou de burro e aventureiro. Como rebate isso?
A campanha é algo sério. Eu foquei em falar dos problemas do clube, buscar soluções. Eu tenho carinho pelo Palaia. Não é agradável quando solta farpas, mas é problema dele. Eu gostaria de ter tido o seu apoio. E ainda conto. A pacificação do clube não acontece após a eleição e sim na campanha. Se você ganha voto com soluções, tem totais condições de chamar qualquer grupo contrário para ajudar. Mas se você baseia a campanha descendo o pau, como vai convidar alguém?

L!: Você é empresário e piloto de rali. Como administrar a vida profissional com a presidência?
Quando eu fui vice, eu corri em 2007, porque tinha um contrato com a BMW. Em 2008 eu parei. O Palmeiras é prioridade. Não tem a menor condição de ser presidente e correr. Já estou me preparando para dedicação integral ao Palmeiras. Vou conseguir administrar os negócios de longe. Tenho pessoas certas nos lugares certos e os negócios vão de vento em pompa. Quero levar meu sucesso profissional para o clube.
DanielRico
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