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INÍCIO DA ERA PARMALAT NO PALMEIRAS AFASTOU AS FORÇAS NEGATIVAS DO CLUBE

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Mensagem  Hulk Seg Set 26, 2011 3:01 pm

MUITO INTERESSANTE ESSA REPORTAGEM, NOS AJUDA A ENTENDER O PERFIL DO NOSSO CLUBE:

http://www.verdazzo.com.br/materias/o-inicio-da-%E2%80%98era-parmalat%E2%80%99-no-palmeiras-afasta-as-forcas-negativas-de-1992

Por Thell de Castro*
Todo mundo sabe o quão vitoriosa foi a parceria entre Palmeiras e Parmalat nos anos 1990. Após um longo período sem títulos, ganhamos o Campeonato Paulista de 1993, quando a competição ainda era muito valorizada, em cima dos gambás, com um show de bola. Tem coisa melhor? Depois veio um título atrás do outro… Essa história é mais do que conhecida e muito saborosa de relembrar.
Mas vamos relembrar o início dessa história, como se anunciou esse acordo, através de pesquisa no acervo da Folha de S. Paulo.
A primeira notícia que encontramos sobre o assunto é de 14 de fevereiro de 1992. É já começou com ‘história’. “Palmeiras quer contratar Dener da Portuguesa”. Dizia o pequeno texto: “O Palmeiras sonha em contratar Dener da Portuguesa. O dinheiro viria de um convênio com a multinacional Parmalat, que pode ser fechado hoje à tarde na Itália. Se não for possível a vinda do jogador para o Campeonato Brasileiro, os dirigentes esperam até o meio do ano”.
Se fosse hoje, os #twitpigs estariam alvoroçados no Twitter e o Conrado colocaria o link do fluxograma para pegar os mais desesperados. Como se sabe, Dener não veio, mas o convênio sim.
No dia 18 de fevereiro, outra notícia pequena, no meio de uma matéria sobre uma vitória do Santos sobre o Guarani por 1 a 0 pelo Campeonato Brasileiro de 1992, falava que o acordo deveria ser fechado naquele dia.
Leia a íntegra do texto:
“O Palmeiras deve fechar hoje um acordo de US$ 500 mil por ano com a multinacional italiana Parmalat. A empresa pagará a rescisão de contrato de patrocínio com a Coca-Cola, que é de US$ 700 mil. A Coca-Cola dá US$ 200 mil por ano clube. A Parmalat vai investir cerca de US$ 40 mil por mês. A curto prazo, o uniforme do Palmeiras será mudado e o nome da Parmalat será escrito na camisa. Nenhum novo jogador deverá vestir a camisa do Palmeiras nos próximos meses”.
O pouco destaque dado ao possível acordo talvez se explique pela escassez de títulos e notícias boas que o Palmeiras enfrentava naquela época. Outra notícia, no dia seguinte, jogava um balde de água fria no palmeirense, pelo menos por algum tempo. No mesmo dia, o Palmeiras jogaria contra o Bragantino e o técnico Nelsinho estava tentando administrar uma crise interna entre Evair e Betinho. Ou seja, há 20 anos, tínhamos problemas similares aos de agora, mas uma luz estava a caminho.
Junto com a ficha do jogo, a Folha publica:
“O presidente Carlos Facchina Nunes informou ontem à tarde que o acordo com a Parmalat não será assinado tão já. “Hoje eu terei um encontro com diretores da Parmalat, mas posso te garantir que em menos de um mês nada acontecerá”, afirmou Facchina.
Pronto, desespero na coletividade verde, tão carente de títulos quanto agora.
A chegada de Brunoro
De 18 de fevereiro, pulamos para 1º de abril, quando a Folha voltou ao assunto com uma notícia que muitos gostariam de ler agora. “Brunoro pode dirigir esportes no Palmeiras”, dizia a manchete.
Leia trechos do texto:
“Para derrubar a carga de 16 anos sem títulos, o Palmeiras deve contar com o trabalho de José Carlos Brunoro, ex-gerente de esportes do Pirelli de Santo André, que pode assumir o cargo de diretor de esportes do clube. Brunoro disse ter sido convidado pela diretoria da Parmalat, empresa multinacional italiana que está em negociações de patrocínio com o Palmeiras. (…) Pelo projeto, inédito no futebol brasileiro, Bruno seria uma espécie de manager e ficaria responsável pelo futebol profissional, futebol do salão, vôlei e basquete”.
No dia 07 de abril, os conselheiros palmeirenses se reuniram para analisar o acordo com a Parmalat. Discussões, debates, acordo aprovado, seria assinado dentro de pouco tempo. Transporte essa reunião para os dias de hoje e teríamos um cenário de guerra instaurado no clube, com as figuras de sempre trabalhando contra, mais ou menos como fizeram com a nossa futura Arena.
Amistoso com o Parma celebra acordo
No dia 28 de maio de 1992, as notícias já eram melhores e a nossa epopéia estava prestes a começar. O Palmeiras enfrentaria às 20h, no Palestra Itália, o Parma, “num amistoso que celebrou o acordo de co-gestão técnico-administrativa entre o clube a empresa italiana Parmalat”, como citou a Folha. “O acordo marca a profissionalização dos cartolas nos clubes brasileiros. José Carlos Brunoro, diretor de esportes da Parmalat, cuida dos resultados (e do dinheiro) da co-gestão – a companhia investe só neste ano US$ 500 mil no clube”, completava o texto.

O Palmeiras venceu por 2 a 0, gols de Betinho, aos sete minutos do primeiro tempo, e Toninho (Cecílio) aos 46 do primeiro. Mais de 12 mil pessoas compareceram ao estádio. O Verdão jogou com Carlos, Odair, Toninho, Tonhão e Biro; César Sampaio, Edu Marangon, Luís Henrique e Betinho; Daniel e Paulo Sérgio, técnico Nelsinho. O Parma veio com Taffarel, Donatio, Benarrivo, Minotti e Apolloni; Nava, Zoratto, Osio, Buga; Asprilla e Agostini, técnico Nevio Scala.
As tais forças negativas…
Como ainda eram tempos de vacas magras – o final desse tempo, pelo menos até 2000 – “a festa no Parque Antarctica [na verdade, Palestra Italia] vai servir também para amenizar o trauma pela desclassificação no Campeonato Brasileiro. Eliminado na fase classificatória, o clube faz planos para o Paulista do segundo semestre, prometendo, com a ajuda da Parmalat, fazer grandes contratações”, dizia a Folha.
Outra parte interessante do texto dizia que Evair, Andrei e Jorginho continuariam afastados por indisciplina e poderiam ser negociados. Não vamos explicitar agora o que houve depois, mas Evair foi mantido no elenco com a saída de Nelsinho e se transformou em um dos grandes ídolos da torcida palmeirense.
O ano de 1992, apesar de marcar o início da parceria, não foi um mar de rosas. O Palmeiras começou mal o Paulistão, Nelsinho foi demitido em 19 de agosto, após três derrotas e um empate em zero com o Noroeste, e chamou os torcedores que fizeram pressão de covardes. Dois técnicos recusaram o clube, Candinho e Valdir Espinoza. Raul Pratalli, técnico dos juniores, assumiu o time interinamente e sonhava com uma chance, que não veio.
O time foi para Parma, na Itália, com exceção de dois diretores que integrariam a delegação. “A demissão acabou atrapalhando os planos de Adriano Beneducci e Gilberto Cipullo, que não poderão passar um final de semana na Itália. O presidente Carlos Facchina retirou seus nomes da delegação para que fiquem no Brasil procurando um novo técnico”.
O Palmeiras acertou com Otacílio Gonçalves, que já chegou com grande pressão. Para quem só pegou o bonde de 1993 pra frente, como eu, saiba que as coisas ferviam antes também – não poderia ser diferente em um time da colônia italiana. Para finalizar, leia o que a Folha diz sobre a chegada de Otacílio ao Palmeiras, vindo do Paraná Clube, e sinta o drama:
“Hoje ele se apresenta ao clube que o contratou por um ano. Chega ao mesmo tempo em que os jogadores desembarcam de sua frustrada excursão italiana, pródiga em almoços e jantares espetaculares, mas pobre no resultado: 2 a 0 para o Parma, gols de De Chiaro e Pizzi, em partida que celebrou o acordo Palmeiras/Parmalat. “O Palmeiras é um clube difícil”, disse, em Parma, o próprio presidente da associação, Carlos Facchina. Gonçalves foi avisado da ‘barra pesada’ palmeirense e, mesmo assim, aceitou a missão recusada por gente como Wanderlei Luxemburgo, Candinho e Valdir Espinosa”.
Esse trecho da matéria, então, cai como uma luva nos dias de hoje:
“Segundo o meia Daniel, uma profusão de forças negativas ronda o Palmeiras e levam os jogadores a proporcionar exibições ruins como a de sábado. Em conversas com jogadores e dirigentes, percebe-se que as tais forças negativas são, na verdade, o trauma da demissão de Nelsinho e a pressão das torcidas organizadas. Pode-se somar a isso a ausência de pelo menos um craque e também o jejum de títulos. Mas o que é o ovo e o que é a galinha?”.
Isso mostra que, mesmo com muita gente falando de “zica”, o mesmo acontecia há quase 20 anos e foi exorcizado com planejamento, choque de gestão e, claro, dinheiro. As tais forças negativas sumiram rapidamente a partir de 1993, voltando com a saída da Parmalat, em 2000, quando o clube voltou a andar com suas próprias pernas.
Coincidência? Claro que não. Então a conclusão é de que precisamos do tal choque de gestão, como o Conrado citou em post há alguns dias, para mandar pra longe as forças negativas do início do século 21.
Enfim…
No degrau: Tonhão, Dida, William, Luís Henrique, Marcinho, Biro, Jorginho Cantinflas, Odair, Betinho e Fred;
Em pé: Carlos, Sérgio, Gilberto Cipullo, Toninho Cecílio, Nelsinho Baptista, Flavio Trevisan, Alexandre Rosa, Amaral (centroavante), Adriano Beneduce, Ivan e São Marcos;
Sentados: (Dorival) Júnior, César Sampaio, Paulo Sérgio, Daniel Frasson, presidente Carlos Facchina, Magrão, Marques, Galeano e Edu Marangon.

* Thell de Castro é jornalista e publicará todos os domingos uma coluna contando algum trecho da História do Palmeiras.
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Mensagem  Bradock Seg Set 26, 2011 3:37 pm

POR ISSO QUE NO TOPICO QUE O PERICA'S POSTOU SOBRE CONSENSO EU COLOQUEI QUE OS VERDADEIROS CULPADOS SÃO NOSSA PRESIDENCIA E NOSSA DIRETORIA É LAMENTAVEL, MAS ESTE TEXTO DIZ A VERDADE QUE MUITOS AKI JÁ CONHECE, LA DENTRO DO PALESTRA É UMA MAFIA.

AKI É PALESTRA PORRA!!!
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Mensagem  Hulk Seg Set 26, 2011 3:48 pm

UMA MÁFIA INCOMPETENTE!!!
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