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Mensagem  PIPE Qua Jan 12, 2011 8:43 pm

Palmeiras herda patrocínio da novela com Ronaldinho Gaúcho
Diretor de marketing do clube revela, em entrevista ao iG, que time deve continuar parceria com empresa
Se por um lado o Palmeiras ficou sem Ronaldinho Gaúcho, por outro, o time paulista poderá se dar bem com o projeto desenvolvido para contar com o astro do futebol brasileiro. Um dos parceiros que ajudaria a viabilizar a chegada do jogador pode continuar a investir na equipe.



Em conversa exclusiva com o iG, Rogério Dezembro, diretor de marketing do clube, preferiu não revelar quem será o futuro parceiro palmeirense e nem como isso acontecerá. Especula-se que seja a manutenção do interesse da Yamaha, que produz motos, quadriciclos e produtos náuticos, em estampar a sua marca nas mangas da camisa palmeirense. O valor, obviamente, será menor do que seria se Ronaldinho chegasse, e deverá bater na casa de R$ 8 milhões anuais.

Além disso, o dirigente afirmou que o grande foco no projeto Ronaldinho não comprometerá o planejamento de marketing do clube para o resto do ano e disse que há a possibilidade do plano ser usado com outro grande jogador, apesar de um alvo ainda não ter sido definido.

Ele também aproveita para criticar a maneira como a negociação foi conduzida e explica que a imagem de Ronaldinho Gaúcho foi arranhada com essa grande novela.

Confira a entrevista exclusiva do diretor de marketing do Palmeiras, Rogério Dezembro:

iG: A forma com que a novela foi conduzida atrapalha a imagem de Ronaldinho Gaúcho?
Rogério Dezembro: Acho que a imagem dele está meio arranhada. Há um mês, era muito mais fácil vender qualquer projeto. E hoje isso ficou mais chato. Não que não vai vender, mas você já viu a reação que ele enfrentou no Sul do país, né? (Ronaldinho foi atingido por chuva de moedas em uma festa).



Foto: Alexandre Vidal/ Fla Imagem
Ronaldinho posa para foto na noite em que acertou sua transferência para o Flamengo


iG: E para o Palmeiras? O plano poderá ser usado em outro caso?
Rogério Dezembro: A gente não tem uma outra coisa engatilhada. Mas, na verdade, esse projeto já é uma evolução do projeto que a gente desenhou para o Felipão. A essência é a mesma. O que teve foi um bom aprendizado. Parte desse conceito, desse roteiro, muda de acordo com a característica daquele atleta, personalidade. Estudamos como tornaríamos aquela imagem mais forte. A força disso está justamente em você tirar partido dessa figura. O contrato que a gente desenhou com a Seguros Unimed para o Felipão, por exemplo, envolve duas datas anuais para fazer palestras. Pois ele já sabe fazer isso, faz de uma maneira muito competente. Ele já fez uma em uma grande convenção e foi sensacional. Mas eu não poderia propor isso para o Ronaldinho. É justamente pegar a essência, o conceito e ver de quem a gente está falando, indo de encontro com o interesse de ativação da empresa.

iG: A verba que vocês iam arrecadar seria usada apenas para salários ou também para pagar o Milan?
Rogério Dezembro: Era um pacotão que envolvia, inclusive, partes do Milan. Não era nada pago à vista. Isso ia ser impensável. A gente tinha feito um cálculo envolvendo esses valores e tinha viabilizado.

iG: Quanto ia ser essa verba?
Rogério Dezembro: O projeto todo era para 4 anos de contrato. Era um pouco mais de R$ 50 milhões. A nossa ideia era de que com os três primeiros parceiros nós teríamos um projeto no ponto de equilíbrio. Muito provavelmente, teríamos lucros depois da contratação. O número de parceiros poderia chegar a quatro, cinco, seis. E aí a coisa desandou e começamos a ficar inseguros em relação aos próprios parceiros. Não poderíamos mais recomendar, pois o que combina não é cumprido. E a coisa foi ficando esquisita. Apesar de jogar na Europa, ser uma estrela, esse negócio envolve credibilidade. E se você perde a credibilidade....

iG: Quem seriam as empresas que bancariam a vinda de Ronaldinho?
Rogério Dezembro: Isso ainda vai continuar confidencial. Eles pediram isso para a gente. Eles agradeceram o cuidado que o clube teve, no sentido de falar que estava tomando um rumo estranho, que não valia a pena a gente continuar aí. Eles até fizeram um pedido em havendo uma outra oportunidade, que eles podem ser consultados, podem ter prioridades.

iG: O que eles ganhariam em troca?
Rogério Dezembro: Foram diferentes possibilidades. A gente teve com um deles envolvia a exposição na camisa. Com os outros dois, a gente tinha modelos muito diferentes. Era muito em cima da área de atuação deles. Da vontade de ativar a marca a partir do contrato. Tinha uso do Centro de Treinamento, envolvia propriedades da Arena, backdrop, placa de campo, site e ativação via programa de sócio-torcedor. A gente tinha um roteiro básico. Como a gente faz com todos os projetos de patrocínio, seguindo um roteiro básico e depois customizamos de acordo com os interesses.

iG: E não vai dar para aproveitar nada nessa área de marketing?
Rogério Dezembro: Tem dois projetos aí muito próximos de fechar. Mas se eu falar o que é eu coloco em risco. Está muito pertinho de fechar. Um a gente já está com o contrato assinado. É uma coisa que levou um ano e meio de trabalho. Um deles é na área virtual, é um projeto muito interessante. O outro é um projeto envolvendo um desses potenciais parceiros do caso Ronaldinho e que a gente vai manter, vai ser bem legal.



Foto: AE Ampliar
Paulo Nobre é um dos candidatos à presidência do Palmeiras nas eleições de janeiro
iG: Até falando em projeto, o foco excessivo no Ronaldinho não pode ter atrapalhado o planejamento de 2011?
Rogério Dezembro: Não atrapalhou nada. A gente sabia do grau de dificuldade e então trabalhamos absolutamente separados. Não poderíamos basear o planejamento de 2011 em uma coisa de tão alto grau de incerteza. Até pela dificuldade, pelos valores, poderia ser que a gente não conseguisse levantar. Pelo grau de dificuldade, a gente teve um início de assumir isso. Teria sido uma insanidade planejar 2011 em cima disso.

iG: Por falar em 2011, este é o ano de eleição. Isso pode atrapalhar o trabalho de vocês do marketing?
Rogério Dezembro: Principalmente eu e o Valeriano Vicari (diretor de comunicação) fizemos contatos com os três candidatos. Assim que a gente quiser, a gente abre tudo para quem assumir a presidência. Não podemos fazer nada que prejudique o clube por causa da corrida eleitoral. Os três foram super receptivos. A corrida eleitoral é uma coisa. A outra é que tem que cuidar dos interesses do clube. Os acordos que foram construídos com longo trabalho, para você perder, é muito rápido. Tanto o Tirone, o Palaia quanto o Nobre foram muito compreensivos e a hora que for possível a gente vai sentar.

iG: Quem você quer ver vencedor?
Rogério Dezembro: Eu, como não voto, prefiro me manter na neutralidade (risos).
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