Muricy Ramalho é apresentado e começa uma nova trajetória, agora no Palmeiras

Muricy Ramalho é apresentado e começa uma nova trajetória, agora no Palmeiras

Treinador dá primeira entrevista coletiva como comandante do Alviverde

Julyana Travaglia São Paulo

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Depois de uma longa negociação, que chegou a ser interrompida, Muricy Ramalho vestiu o uniforme do Palmeiras . O treinador foi apresentado nesta sexta-feira, na Academia de Futebol, pelo presidente Luiz Gonzaga Beluzzo, que entregou ao novo técnico uma camisa com seu nome nas costas. Muricy exibiu o presente e deu a primeira entrevista coletiva como comandante alviverde.



O recém-chegado tem no currículo, pelo São Paulo , as conquistas dos últimos três Brasileiros , título que o Verdão não ganha desde 1994. Muricy só começa a trabalhar à frente da equipe na segunda-feira, mas vai observar o desempenho do interino Jorginho no clássico contra o Corinthians , neste domingo, em Presidente Prudente.



Ele assegurou que vai ficar por muito tempo no novo clube, disse que não teme reações negativas da torcida tricolor, explicou o motivo da demora para o acerto e prometeu conquistar a massa palmeirense. Confira os principais trechos da entrevista de Muricy.



Demora na assinatura do contrato



Não houve o primeiro acerto, o que mais pegou é que eu precisava de mais tempo para descansar, reunir forças, pois a pegada é muito forte. Não houve mudança na parte financeira e mesmo assim acertamos. Falaram bobagem, se eu ganhasse tudo o que falavam eu tinha que parar porque já estava bem de vida. A porta não se fechou porque a conversa foi boa. Quando eu estava pronto para retomar rapidamente tudo foi acertado. O que me fez escolher o Palmeiras foram as pessoas e possibilidade de ganhar.



Traidor para os tricolores? Jamais



Quando voltei ao estádio do Náutico com o São Paulo, o pessoal se assustou ao ver todo mundo gritando meu nome pelo reconhecimento. Isso acontece porque eu me dedico demais, Se recebo proposta não saio, e o torcedor não está acostumado com isso. A palavra traidor não existe porque eu fui mandado embora. E o torcedor não é bobo, você não engana. Sempre falei da torcida do São Paulo nesses três anos e meio porque foi ela que me segurou mesmo. Eram sempre os mesmos tentando me tirar e a torcida reconheceu meu trabalho. Aqui vai ser assim, vou conquistar o torcedor.

Pressão da torcida palmeirense



Em todo lugar tem pressão da torcida. Não entendia os chineses quando trabalhei lá, mas sabia que havia pressão pelos gestos e cara feia deles. É assim sempre. A única saída é se dedicar todo dia para ter vitória, pois só isso que convence. Vou me dedicar, e a torcida vai me apoiar. O Palmeiras agora está na minha vida, e quando visto uma camisa é difícil de tirar. Tenho certeza que vou durar bastante tempo aqui.