Palmeiras 1 x 0 Olimpia - Por Mauro Beting
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Palmeiras 1 x 0 Olimpia - Por Mauro Beting
Uma das maiores vitórias de um dos menores times do Palmeiras. Mas um dos mais verdes times que já vi em 40 anos de Palmeiras e de Pacaembu. De Porcoembu.
O Palmeiras ainda está longe de ser campeão. Mas não está distante de voltar a ser Palmeiras.
Uma das maiores celebrações apenas por uma classificação para a próxima fase que poucos esperavam pela fragilidade de elenco limitando em qualidade e quantidade. Sem quatro titulares. Sem quatro disponíveis por não estarem inscritos. Sem 11 disponíveis. Sem grande qualidade técnica. Sem notável organização tática – natural para um time que precisa mudar a cada jogo.
Mas com uma torcida que jogou no 35.000-4-2-3-1. Por vezes um 35.000-4-1-4-1. No início, um 35.000-4-4-2. Com a infantil expulsão de Wesley, aos 16 do segundo tempo, um 35.010-0-0. Ou muito melhor: Os 16 milhões de palmeirenses tirando com os pés de Prass um gol certo do bom e catimbeiro time paraguaio, aos 31 finais. Milhares cantando o Hino verde no meio da pressão paraguaia.
Com a confiança que o imenso espírito de porco, periquito e Palestra que permeou o Pacaembu na quinta-feira de resgate do torcedor. O Palmeiras não passou apenas de fase. Fez um ritual de passagem para um lugar que parecia perdido no coração, na cabeça, na memória.
O Palmeiras passou ao passado. Voltou ao futuro. Deu um presente ao torcedor que deu ao time limitado vida. Velocidade com Vinicius – o nome do jogo, quem diria. Vitalidade com Mauricio Ramos – que partida. Vida com uma equipe que se doou. Se doeu. Deixou de ser danada e acendeu uma vela na escuridão dos últimos tempos do Palestra.
O time que perdeu um gol fácil com Juninho por que ele é lateral, não centroavante, a um minuto do segundo tempo. Que quase fez um gol de calcanhar com Marcelo Oliveira que não é artilheiro, aos três. Que quase fez outro com Márcio Araújo que não é de frente, aos quatro. Que fez um gol de sorte num chute torto de Wesley com Charles, aos oito do segundo tempo.
Sorte que o Palmeiras não sabia o que era desde quando fazia as coisas direito. Sorte de cada palmeirense que ficou com lágrimas nos olhos. Ou molhando o teclado. Não vou contar quem fui.
Desde a derrota para o Goiás, na Sul-Americana, no Pacaembu, em 2010, o que se via era o palmeirense macambúzio. Com aquela sensação de que daria tudo errado. E dava. E não dava mais para nada.
Quando Wesley foi expulso, quando o time mais estruturado, mais entrosado, menos desfalcado do Libertad veio pra frente, pra cima do Palmeiras, não houve mais aquela sensação de que vai dar tudo errado dos últimos anos. De que não tem mais jeito. De que não tem mais Palestra.
A emoção que o palmeirense viveu foi de felicidade. Não de tensão. Ele sabia que, desta vez, a bola deles não iria entrar mesmo com a pressão. Não teria gol de Vagner Love para rebaixar o time no final. Não teria gol no fim do Fred para dar título brasileiro ao rival. Não teria os adversários ficando até com dó de zoar.
Tinha Palmeiras com um time limitado sendo defendido por uma paixão ilimitada. Tinha Palmeiras em noite de Pacaembu e Palestra.
A mesma emoção que senti há 40 anos quando vim a este estádio pela primeira vez com meu pai sinto agora na primeira grande vitória sem meu pai ao meu lado. Era hoje o jogo para ligar berrando para ele na hora do gol que José Silvério narrou ao meu lado, na transmissão na cabine da Rádio Bandeirantes. Era o jogo para mandar torpedo para meus filhos com um G e 1993 letras O na hora do gol.
Mas a transmissão em HD no Pacaembu trava o sinal do celular. A minha operadora opera mal neste região. Torpedo e whatsApp não funcionam com a rede wi-fi bugada.
Eu não tinha como me conectar com minha noiva com quem me caso daqui um mês exato. Com minha Silvana triste por que não conseguiu vir ao Pacaembu. Ela que só viu um jogo no estádio quando o futuro sogro dela foi homenageado pelo Santos e pelo Palmeiras na Vila Belmiro, na semana em que morreu, em 2012. Ela que veio ao Pacaembu na despedida e no amém de São Marcos, na semana seguinte.
Ela que queria ver o Palmeiras sendo Palmeiras hoje. Mas que não pôde. Ela trabalhava. Eu estou trabalhando. Não pude trazer meus Luca e Gabriel ao estádio. Não pude levar minha nova filhota Manoela ao Pacaembu. Não pude me conectar com meus amores com a bola rolando e os palmeirenses ralando.
Mas nosso amor nos fez estar unidos. Juntos. Conectados pelo amor, não pela tecnologia.
Como aquele cara lá de cima que me fez palmeirense.
Aquele pai que, hoje, agora, e sempre, deve estar conversando com Waldemar Fiume, Junqueira, Romeu, Heitor e tantos palestrinos. Celebrando como o Palmeiras foi palmeirense hoje. Ainda que não vá longe na Libertadores, e não deve ir mesmo, ele voltou fundo no carinho. No respeito.
Tanta festa e emoção por uma vitória apertada contra um time paraguaio na fase de grupo da Libertadores?
Sim. Como tenho milhões de emoções por um sorriso dos meus filhos, por um beijo do meu amor.
Amor é isso.
Infelizmente, quem não ama não sabe.
Obrigado, Babbo, por ter colocado o Charles dentro da área naquela bola.
Obrigado, Babbo, por te me ajudado a ser jornalista há 26 anos.
Obrigado, Babbo, mais que tudo, por te me ensinado a amar.
Por ter me ensinado Palmeiras.
O Palmeiras ainda está longe de ser campeão. Mas não está distante de voltar a ser Palmeiras.
Uma das maiores celebrações apenas por uma classificação para a próxima fase que poucos esperavam pela fragilidade de elenco limitando em qualidade e quantidade. Sem quatro titulares. Sem quatro disponíveis por não estarem inscritos. Sem 11 disponíveis. Sem grande qualidade técnica. Sem notável organização tática – natural para um time que precisa mudar a cada jogo.
Mas com uma torcida que jogou no 35.000-4-2-3-1. Por vezes um 35.000-4-1-4-1. No início, um 35.000-4-4-2. Com a infantil expulsão de Wesley, aos 16 do segundo tempo, um 35.010-0-0. Ou muito melhor: Os 16 milhões de palmeirenses tirando com os pés de Prass um gol certo do bom e catimbeiro time paraguaio, aos 31 finais. Milhares cantando o Hino verde no meio da pressão paraguaia.
Com a confiança que o imenso espírito de porco, periquito e Palestra que permeou o Pacaembu na quinta-feira de resgate do torcedor. O Palmeiras não passou apenas de fase. Fez um ritual de passagem para um lugar que parecia perdido no coração, na cabeça, na memória.
O Palmeiras passou ao passado. Voltou ao futuro. Deu um presente ao torcedor que deu ao time limitado vida. Velocidade com Vinicius – o nome do jogo, quem diria. Vitalidade com Mauricio Ramos – que partida. Vida com uma equipe que se doou. Se doeu. Deixou de ser danada e acendeu uma vela na escuridão dos últimos tempos do Palestra.
O time que perdeu um gol fácil com Juninho por que ele é lateral, não centroavante, a um minuto do segundo tempo. Que quase fez um gol de calcanhar com Marcelo Oliveira que não é artilheiro, aos três. Que quase fez outro com Márcio Araújo que não é de frente, aos quatro. Que fez um gol de sorte num chute torto de Wesley com Charles, aos oito do segundo tempo.
Sorte que o Palmeiras não sabia o que era desde quando fazia as coisas direito. Sorte de cada palmeirense que ficou com lágrimas nos olhos. Ou molhando o teclado. Não vou contar quem fui.
Desde a derrota para o Goiás, na Sul-Americana, no Pacaembu, em 2010, o que se via era o palmeirense macambúzio. Com aquela sensação de que daria tudo errado. E dava. E não dava mais para nada.
Quando Wesley foi expulso, quando o time mais estruturado, mais entrosado, menos desfalcado do Libertad veio pra frente, pra cima do Palmeiras, não houve mais aquela sensação de que vai dar tudo errado dos últimos anos. De que não tem mais jeito. De que não tem mais Palestra.
A emoção que o palmeirense viveu foi de felicidade. Não de tensão. Ele sabia que, desta vez, a bola deles não iria entrar mesmo com a pressão. Não teria gol de Vagner Love para rebaixar o time no final. Não teria gol no fim do Fred para dar título brasileiro ao rival. Não teria os adversários ficando até com dó de zoar.
Tinha Palmeiras com um time limitado sendo defendido por uma paixão ilimitada. Tinha Palmeiras em noite de Pacaembu e Palestra.
A mesma emoção que senti há 40 anos quando vim a este estádio pela primeira vez com meu pai sinto agora na primeira grande vitória sem meu pai ao meu lado. Era hoje o jogo para ligar berrando para ele na hora do gol que José Silvério narrou ao meu lado, na transmissão na cabine da Rádio Bandeirantes. Era o jogo para mandar torpedo para meus filhos com um G e 1993 letras O na hora do gol.
Mas a transmissão em HD no Pacaembu trava o sinal do celular. A minha operadora opera mal neste região. Torpedo e whatsApp não funcionam com a rede wi-fi bugada.
Eu não tinha como me conectar com minha noiva com quem me caso daqui um mês exato. Com minha Silvana triste por que não conseguiu vir ao Pacaembu. Ela que só viu um jogo no estádio quando o futuro sogro dela foi homenageado pelo Santos e pelo Palmeiras na Vila Belmiro, na semana em que morreu, em 2012. Ela que veio ao Pacaembu na despedida e no amém de São Marcos, na semana seguinte.
Ela que queria ver o Palmeiras sendo Palmeiras hoje. Mas que não pôde. Ela trabalhava. Eu estou trabalhando. Não pude trazer meus Luca e Gabriel ao estádio. Não pude levar minha nova filhota Manoela ao Pacaembu. Não pude me conectar com meus amores com a bola rolando e os palmeirenses ralando.
Mas nosso amor nos fez estar unidos. Juntos. Conectados pelo amor, não pela tecnologia.
Como aquele cara lá de cima que me fez palmeirense.
Aquele pai que, hoje, agora, e sempre, deve estar conversando com Waldemar Fiume, Junqueira, Romeu, Heitor e tantos palestrinos. Celebrando como o Palmeiras foi palmeirense hoje. Ainda que não vá longe na Libertadores, e não deve ir mesmo, ele voltou fundo no carinho. No respeito.
Tanta festa e emoção por uma vitória apertada contra um time paraguaio na fase de grupo da Libertadores?
Sim. Como tenho milhões de emoções por um sorriso dos meus filhos, por um beijo do meu amor.
Amor é isso.
Infelizmente, quem não ama não sabe.
Obrigado, Babbo, por ter colocado o Charles dentro da área naquela bola.
Obrigado, Babbo, por te me ajudado a ser jornalista há 26 anos.
Obrigado, Babbo, mais que tudo, por te me ensinado a amar.
Por ter me ensinado Palmeiras.
mvluca- Mensagens : 1681
Data de inscrição : 08/05/2009
Idade : 45
Localização : Tatuapé - arghhhh!!!
Re: Palmeiras 1 x 0 Olimpia - Por Mauro Beting
Meu Deeeeeusss..Quaaaaanta eeeeemoção eu planteiiii PALMEIIIIIIRAS no coooooração!!!
AKI É PALESTRA PORRA!!!
AKI É PALESTRA PORRA!!!
Bradock- Mensagens : 3695
Data de inscrição : 08/05/2009
Idade : 57
Localização : Palestra Italia
Re: Palmeiras 1 x 0 Olimpia - Por Mauro Beting
Ontem, mesmo que a classificação não viesse, ou que a bola tivesse entrado ao invés da defesa do F. Prass.
Mais importante que a vitória, foi a atitude.
Jogar na intensidade que jogaram em 90 minutos, é de dar orgulho.
É isso que queremos!
Mais importante que a vitória, foi a atitude.
Jogar na intensidade que jogaram em 90 minutos, é de dar orgulho.
É isso que queremos!
BRANCO- Mensagens : 880
Data de inscrição : 12/05/2012
Idade : 58
Localização : SÃO PAULO
Re: Palmeiras 1 x 0 Olimpia - Por Mauro Beting
Uma das coisas mais emocionantes que eu tenho vivido nestes últimos dias, é ouvir a minha filha Juliana (12 anos) PAI HOJE TEM JOGO NÉ, isso tem sido fundamental pra mim, pois nos dias em estávamos vivendo com o PALMEIRAS em baixa ela fez ascender àquela paixão antiga pelo clube do meu coração. O ultimo jogo que havia assistido no estádio foi neste mesmo Pacaembu de ontem foi no campeonato brasileiro de 2010 no dia 05 de setembro 19 rodada o PALMEIRAS vencia por 2X0 e tomou a virada de 2X3 jogo em que o Marcos se machucou, contra o Santos, estávamos no Pacaembu, ontem não consegui ingresso, domingo estarei lá com toda certeza #AQUIÉPALESTRA!!!!!!!!!
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