Se os diretores soubessem ler...

Antero Greco

Antero Greco - O Estado de S.Paulo
A situação do Palmeiras é pra lá de desesperadora e o rebaixamento, quase inevitável. Perspectiva chata, porém real. Só que está na hora de parar com choradeira e partir para a ação. Tomar uma atitude, no caso, não significa esperar que hoje o tribunal esportivo anule vitória que rival conseguiu de maneira limpa (aquela história do gol de mão de Barcos, nos 2 a 1 para o Inter). Muito menos apelar pra ignorância, como fazem falsos torcedores, que jogam bombas no clube e ameaçam dirigentes ou jogadores.

O momento é de colocar os neurônios pra funcionar - ou pelo menos buscar quem os tenha disponíveis e em bom estado lá pras bandas da Turiaçu. O planejamento para 2013 acumula pelo menos um mês de atraso. Quando a água chegou no peito da equipe, a diretoria deveria ter dado pontapé inicial para projeto que levasse em conta a futura situação esquizofrênica de brigar por título continental e retorno à elite. Libertadores e Série B são prioridades totais.

Não adianta o gerente de futebol César Sampaio vir com conversa de que se estuda viabilidade de montar duas equipes, uma para cada competição. Não tem sentido falar algo do gênero numa fase dessas. O Palmeiras foi incompetente para armar um time decente para o Brasileiro deste ano e agora se sai com o papo furado de elenco em duplicata?!

Não é fase pra botar banca! Deixa esse discurso metido a bacana para quem pode. E o Palestra não está em condições de ser exibido, como se usava dizer no tempo em que era dirigido por cartolas do calibre de Delfino Facchina, Ferrucio Sandoli, Gimenez Lopez, Paschoal Giuliano. Época em que dava as cartas.

Há urgência de compor grupo único e suficientemente forte para aguentar os dois rojões. Uma turma de 20, 22 jogadores de nível - meia dúzia de qualidade superior. Atletas corajosos e dispostos a desafios. A idade é relativa. Só não vale chinelinho; não se pode admitir tampouco boleiro rechonchudo. Sobretudo deve ser vetada a entrada de pernas de pau. Chega dos estrupícios que têm vestido a camisa verde nos últimos anos.

Há necessidade de apostar em treinador. Os dirigentes acham viável Gilson Kleina? Avaliam que tenha estofo pra tocar a empreitada? Então, fechem em torno dele e lhe deem respaldo. Se tirarem o corpo fora, como fizeram tantas vezes com Felipão, o rapaz não passa das rodadas iniciais de reles Paulistão.

Escolheram técnico, montaram time? Ótimo. A sequência é mirar o marketing. Mas inteligente, agressivo, que transforme um vexame em enorme sucesso. Vendam pacotes para os torcedores fazerem tour pelo Brasil, atrás do time. Com tudo incluído (passagem, hospedagem, ingressos, camisas, pensão completa). Mandem embaixada para as praças em que for apresentar-se. Divulguem a marca, atraiam os simpatizantes, cativem público diferente.

Façam exposições com os troféus, aqueles que andaram amontoados num depósito. Promovam conferências, encontros com velhos ídolos; intensifiquem visitas ao estádio. Explorem ao máximo a casa nova. Resgatem o verde no uniforme (o Palmeiras só jogaria de branco ou qualquer outra coisa como visitante e desde que o mandante também seja verde). E, se tiverem coragem, ressuscitem o periquito, verdadeiro símbolo do clube.

Não esqueci do mais importante, e o deixei para o fim de propósito. Para que tudo seja colocado em prática, o pessoal que desgraçou o Palmeiras tem de pegar o boné e ir para casa. E levar junto os mentores desse período vergonhoso. Xiii, é a parte mais difícil e a que pode emperrar o resto!

ISSO É TUDO O QUE SE TEM A FAZER E O QUE TODOS NÓS AQUI DO FÓRUM, JÁ ESTAMOS FALANDO DESDE O INÍCIO.

BRANCO escreveu:ISSO É TUDO O QUE SE TEM A FAZER E O QUE TODOS NÓS AQUI DO FÓRUM, JÁ ESTAMOS FALANDO DESDE O INÍCIO.

Pois é Branco, o problema realmente é o último parágrafo!!!

mvluca escreveu:

BRANCO escreveu:ISSO É TUDO O QUE SE TEM A FAZER E O QUE TODOS NÓS AQUI DO FÓRUM, JÁ ESTAMOS FALANDO DESDE O INÍCIO.

Pois é Branco, o problema realmente é o último parágrafo!!!

Verdade!