Caça e caçador: Palmeiras é o que mais bate e mais apanha no Brasileiro

17/06/2011 12h00 - Atualizado em 17/06/2011 12h00

Caça e caçador: Palmeiras é o que mais bate e mais apanha no Brasileiro
Com folga, time de Felipão domina os dois lados da moeda: foram 93 infrações a favor e 92 contra. Estilo do Verdão favorece jogo truncado

Por Diego Ribeiro
São Paulo

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Assunção transforma faltas sofridas em perigo
(Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)Enquanto o ditado diz que “um dia é da caça, e o outro do caçador”, o Palmeiras vem exercendo os dois papéis ao mesmo tempo neste Campeonato Brasileiro. Depois de quatro rodadas na competição, o time de Luiz Felipe Scolari é o que mais bate e também o que mais apanha. Sinais de uma equipe que marca muito e ao mesmo tempo sai em velocidade nos contra-ataques, causando as infrações dos adversários.

Nos dois quesitos, o Palmeiras leva larga vantagem sobre os adversários. Quando o assunto é faltas cometidas, o time tem 92, média de 23 por jogo. O Botafogo, segundo colocado na lista, levou 81. O atacante Luan é quem mais bate: cometeu 13 faltas em quatro jogos. Como é bastante exigido na marcação, ele costuma voltar para acompanhar o lateral e fica mais sujeito à rigidez da arbitragem.

Por outro lado, o Verdão levou 93 faltas, média de 23,2 por partida. O Corinthians, vice-líder nessa tabela, sofreu 81 infrações. O que mais apanha, como de costume, é o atacante Kleber. No ano passado, ele foi o segundo mais caçado do Brasileirão, atrás apenas de Neymar. Agora, já figura no topo da lista dos mais caçados, com 25 faltas.

CAÇA E CAÇADOR DO VERDÃO
Quem bate Quem apanha
1 - Luan (13) 1 - Kleber (25)
2 - Patrik (12) 2 - Adriano (13)
3 - Kleber (11) 3 - Luan (13)

Um dos mais experientes do elenco, o volante Marcos Assunção reconhece que o estilo de jogo do Palmeiras favorece o excesso de infrações. Especialista em bolas paradas, ele acaba sendo favorecido: na temporada, já são nove assistências e dois gols de falta.

- Atacamos bastante, por mais que falem que somos retrancados. Como temos muitos jogadores no meio e chegamos com volume, talvez seja por isso que sofremos tanto. Por outro lado, é sempre bom fazermos aquela falta tática para parar a jogada. É normal quando sofremos um contra-ataque. Parar a jogada é fundamental, é um dos motivos por estarmos levando poucos gols – disse Assunção.

Contra o Avaí, domingo, às 16h, no Canindé, a tendência é que os números diminuam – pelo menos se depender da equipe catarinense. No ranking, o rival do Palmeiras é o sexto que menos comete faltas (63). Promessa de uma partida menos travada do que as anteriores.