Felipão diz que 'bom e barato' depende da qualidade dos jogadores

QUALIDADE
Felipão diz que 'bom e barato' depende da qualidade dos jogadores
Agência Palmeiras
Fábio Finelli
18/03/2011 19h48
Durante a entrevista coletiva concedida na tarde desta sexta-feira (18), o técnico Luiz Felipe Scolari falou sobre a formação do elenco palmeirense e, quando perguntado sobre como montar um time mais modesto, afirmou que o 'bom e barato' depende muito da qualidade dos jogadores, mas que também pode trazer frutos.

"A formação de um time mais modesto depende muito da qualidade dos atletas. Às vezes, não é porque o jogador tenha um valor elevado que seja o melhor jogador. Podemos encontrar jogadores de muito boa qualidade em times de menor expressão, ou então que não são tão reconhecidos, e fazer com que eles cresçam e se tornem grandes", analisou o treinador, que citou o exemplo do Grêmio, campeão da Copa Libertadores em 1995 com ele no comando.

"Em 1995, o Grêmio vendeu o Agnaldo (zagueiro) para o Flamengo, e de lá vieram o Paulo Nunes e o Magno. Com a sobra do dinheiro, conseguimos contratar o Dinho e o Luís Carlos Goiano (volantes). E ainda com o restante, foi contratado o Rivarola (zagueiro paraguaio). Foi a partir daí que formamos um time espetacular, que ganhou tudo. Claro, não é da noite para o dia que vai conseguir montar um time desses. Leva tempo, precisa ter tranquilidade, paciência, mas é perfeitamente possível desde que tenha bons jogadores em mãos."

Sobre o atual grupo de trabalho, Felipão entende que o Palmeiras está no caminho certo e pode ganhar 'corpo' na reta final das competições do primeiro semestre. "Nosso time é bom, tem boa qualidade, mas ainda não temos todas alternativas que os outros grupos possuem. Se isso acontecer, podemos brigar com qualquer um. Mas mesmo com tudo isso, estamos juntos com os outros grandes e fomos o que menos perdeu em 2011", analisou o treinador, que citou o bom ambiente do grupo como um dos segredos para o sucesso da equipe na temporada.

"Formamos um ambiente muito bom, maravilhoso. Eu não costumo fazer elogios demasiados aos meus atletas, mas já disse ao Tirone que, da forma como os atletas se comportam, deve agradecer a Deus por ter esse grupo de trabalho. É um elenco simples, mas que está buscando seu espaço e dando o máximo a cada partida."

Felipão foi perguntado se o time pode ser considerado um dos favoritos ao título da Copa do Brasil e pediu calma. "Estamos com um time bem organizado, com ideia de ganhar. Num confronto contra A, B ou C, todo mundo imagina que precisa subir uma escadinha, mas às vezes tropeça no meio da escada. Mata-mata é uma competição diferente. Tem que ir galgando posições até chegar na final, mas ainda estamos bem longe disso."

O treinador palmeirense também comentou sobre as vaias sofridas por um grupo de torcedores na última partida do Paulistão, contra o São Bernardo, e preferiu minimizar. "O torcedor às vezes vaia porque não sabe o que acontece, que tem jogador com problema na perna, que tem outro jogador com alguma coisa...Pode deixar eles vaiando. Às vezes vaiam o Luan, vaiam Rivaldo... Se eu mudo, é pelo bem do Palmeiras, é pelas necessidades do momento."