Paulo Nobre: "Sou contra o bom e barato. O Palmeiras terá eficiência"

FONTE BLOG DO PVC

07Dez2010

Paulo Nobre: "Sou contra o bom e barato. O Palmeiras terá eficiência"

Paulo Nobre tem 42 anos e passou os últimos11 anos competindo em carros de Rally pelo mundo. Mas a vida política do Palmeiras sempre esteve presente. Elegeu-se conselheiro em 1997, foi diretor social entre 1999 e 2002, candidato à presidência do Conselho Deliberativo em 2005, contra Mustafá Contursi. E foi vice-presidente na gestão Afonso Della Monica entre 2007 e 2009. Semana passada, Paulo Nobre lançou sua candidatura à sucessão de Belluzzo. É um candidato independente, porque não tem vínculo com a situação e, por isso, alternativa a Salvador Hugo Palaia e Arnaldo Tirone, apoiado pelos ex-presidentes Mustafá Contursi, Afonso Della Monica e Carlos Facchina. Nesta entrevista, Nobre fala dos planos para o Palmeiras.

PVC – Por que você decidiu que quer ser presidente do Palmeiras?
PAULO NOBRE – Eu costumo dizer que o futebol se tornou profissional no Brasil em 1933, mas apenas de um dos lados do balcão. É preciso profissionalizar o lado do dirigente. Isso significa que o profissional dos cargos de direção dos clubes precisa ser remunerado e cobrado por desempenho. Implantar a questão da produtividade, como funciona com os executivos, com salário e bônus pelos resultados alcançados.

PVC – Em algum momento da história, o Palmeiras esteve perto disso?
PAULO NOBRE – É claro que o mais próximo disso que estamos pensando em implantar aconteceu na época da co-gestão com a Parmalat. O Palmeiras sempre foi um clube pioneiro. Foi também pioneiro na implantação desse modelo. Foi a época, por isso, em que o futebol do Palmeiras ganhou muito também. Ganhamos dois títulos brasileiros, três campeonatos paulistas, uma MERCOSUL, uma Libertadores, uma Copa do Brasil.

PVC – É possível pacificar o clube? E até que ponto isso é fundamental para ter melhores resultados em campo?
PAULO NOBRE – O mais importante é que exista profissionalismo. A vida do Palmeiras foi marcada por oposição e é bom que ela exista. Mas uma oposição justa. A dificuldade para pacificar os diversos grupos do clube muitas vezes é a maneira como se dá a nossa eleição. Uma eleição em que a agressividade passa a existir e isso dificulta montar uma diretoria que conte com as melhores cabeças, depois da eleição. O fato é que ganhando a eleição, não vamos olhar o que os grupos têm de mal, mas tentar fazer uma composição com o que o Palmeiras tem de melhor. É prepotência achar que só existe gente boa no seu grupo.

PVC – O que é possível prometer para a torcida no primeiro ano?
PAULO NOBRE – Que nós vamos trabalhar para fazer o Palmeiras ser um clube vencedor. Mas não adianta achar que alguém assumiu e, como num passe de mágica, vamos ganhar a Libertadores. Sei que vai ter gente cobrando o título da Libertadores, esquecendo até que não estamos classificados para disputá-la. As pessoas também dizem que posso ser um bom presidente por causa do dinheiro. Não vou colocar dinheiro do meu bolso no Palmeiras, porque isso não pode ser a receita para o Palmeiras. Precisamos é criar condições para que o Palmeiras faça seu dinheiro.

PVC – Como você pensa em organizar o time numa época em que falta dinheiro?
PAULO NOBRE – Acho que o departamento de futebol é muito específico e todo brasileiro é um técnico amador por excelência. Gosta de jogadores que fazem X, Y ou Z, mas que em conjunto podem não funcionar. Precisamos de um profissional. Hoje, temos o Felipão. Se eleito, vou explicar ao felipão que não temos a Parmalat e vivemos uma realidade muito semelhante á que o Felipão viveu com o Grêmio, no início dos anos 90. Felipão é muito inteligente nesse aspecto e sabe notar jogadores eficientes, que podem se encaixar no lugar certo para a montagem da equipe. No atual quadro, quais são as pessoas que você precisa para ter um time competitivo? Não sou partidário do bom e barato. Sou a favor da eficiência e essa será a palavra mais forte nesse novo Palmeiras. E o objetivo será ser competitivo em todas as competições que disputarmos.
A dívida cresceu muito, por causa dos juros. Mas o futebol, pelo que arrecada com cotas de televisão, material esportivo, patrocínio de camisa e bilheteria, o departamento tem dinheiro suficiente para montar um time competitivo. Isso não me preocupa. Me preocupa como arrumar receitas para devolver o clube com uma dívida pequena ou sem dívida nenhuma. Podemos criar uma parte dessa receita com sócio-torcedor. Precisamos identificar quem é o torcedor do Palmeiras, sua classe social, seu perfil. Identificar o que valorizam e oferecer produtos para esse público consumidor apaixonado. Isso ajuda a trazer receita. E com meus contatos no mercado, consigo diminuir, tenho certeza, os juros bancários que pagamos hoje. Não estou criticando quem fez a reengenharia financeira. Mas mexo com isso, trabalho no mercado financeiro, e tenho certeza de que consigo diminuir os juros. A questão é, além disso, como arrecadar mais. Vamos conseguir isso.

FONTE BLOG DO PVC

PIPE escreveu:Não dou muito opinião em relação aos candidatos pois esse Nobre eu realmente não conheço,conheço sim as mumias que já passaram pelo Palmeiras e esses eu não quero.
Não gosto muito de política.
O Nobre me chama a atenção pelo fato de ser um cara mais novo e imagino com idéias e atitudes mais modernas....
Agora fiquei preocupado pois achava que ele tava bem na fita,mas se é difícil sua vitória então fudeu.

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ESTOU TORCENDO PARA O NOBRE E ACREDITO QUE VAI VENCER.
AKI É PALESTRA PORRA!!!