Valdivia vira o ano cobrado e na 'mira' de Felipão

Valdivia vira o ano cobrado e na 'mira' de Felipão
Com quatro jogos completos em três meses, meia sofre com lesões e disciplina



Valdivia conviveu com problemas nesta volta ao Palmeiras - foto: Ari Ferreira
Guilherme Cardoso e Thiago Salata
Publicada em 03/12/2010 às 07:05
São Paulo

Valdivia é ídolo da geração mais nova de palmeirenses. Investimento de R$ 14 milhões, foi o reforço mais caro do Brasileirão. Com contrato até 2015, há tempo de sobra para o Mago no Palmeiras. Os primeiros meses, no entanto, foram de problemas físicos e disciplinares.

Luiz Felipe Scolari ficou incomodado e está de olho no meia. Desde a estreia de Valdivia, em 22 de agosto, contra o Guarani, o Verdão disputou 29 jogos. O chileno só conseguiu atuar em 19. Destes, foram apenas quatro por 90 minutos.

O primeiro grande drama foi a questão física: um mês jogando fora de forma para até conseguir completar sua primeira partida (19 de setembro, diante do São Paulo).

Depois, a partir de 10 de outubro, a fibrose na coxa esquerda começou a atrapalhar o meia. A novela terminou com lesão muscular que o tirou do ano, em 10 de novembro.

O resultado prático: dois gols e seis cartões amarelos no campo. Fora dele, a disciplina é contestada.

A amigos do grupo, Valdivia reclama dos métodos de Felipão no dia a dia. O técnico, por sua vez, não gostou de ouvir que o Mago exagerou em festas na cidade, mesmo lesionado. Ele não faltou ao tratamento.

A relação já ficou conturbada, antes, quando o chileno se irritou publicamente depois de substituições. Scolari sabe da importância técnica do chileno para 2011 e ainda lhe dá crédito. Mas será menos tolerante. O técnico espera mais do camisa 10.

Em 2008, a disciplina foi um dos motivos que fizeram a diretoria não fazer esforço para segurá-lo. Gilberto Cipullo, no comando do futebol até setembro, era contra a volta. Luiz Gonzaga Belluzzo foi quem bancou.

– O departamento de futebol não participou nem mesmo do contrato do jogador – afirmou Cipullo.

Gastos pautam política no clube

Em clima eleitoral, os gastos com a contratação de Valdivia são usados como ataque dos conselheiros à gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo, que deixará a presidência em janeiro de 2011.

Além dos R$ 14 milhões gastos para pagar o Al-Ain, o Palmeiras se comprometeu a desembolsar cerca de R$ 4 milhões extras em comissões com intermediários e luvas para o jogador. Parte do dinheiro ainda não foi pago, mas os gastos estão registrados em contratos.

– É um grande jogador, mas se gastou muito, além da conta – disse Seraphim Del Grande, integrante do COF.

Dos R$ 14 milhões pagos ao Al-Ain, cerca de R$ 5 milhões foram do conselheiro Osório Furlan Jr., investidor.

Outra novela ........... mais um festival de fofoca