De volta ao futebol, Seraphim quer tirar Palmeiras do círculo vicioso
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De volta ao futebol, Seraphim quer tirar Palmeiras do círculo vicioso
De volta ao futebol, Seraphim quer tirar Palmeiras do círculo vicioso
Seraphim del Grande retorna ao departamento de futebol para desmistificar a era Parmalat
Paulo Passos, iG São Paulo
* Goiás elogia ética palmeirense e cutuca rival São Paulo
* Confiante, Lenny não teme sombra de Ewerthon no clássico
* Acesse a página especial do Palmeiras no iG Esporte
As alternativas do presidente Luiz Gonzaga Belluzzo para pôr fim à crise contínua e aos sucessivos fracassos do Palmeiras nos últimos anos comprovam a dificuldade do clube em renovar sua cúpula, procedimentos, técnicos e até mesmo em ter novos ídolos.
Dos dirigentes Gilberto Cipullo e Seraphim del Grande até o retorno do técnico Vanderlei Luxemburgo e a aposta em Antônio Carlos, qualquer tentativa de êxito no Palestra Itália remete à era Parmalat (1992-2000) ou a vitórias efêmeras desta década.
Mesmo quem apoia Belluzzo critica essa estratégia. De volta ao futebol após comandar o departamento entre 1993 e 1996, Seraphim del Grande é a voz mais ativa deles. “Relutei (voltar) porque precisamos de renovação, mas acabei aceitando. Mas acho que não é esse o caminho”, disse o dirigente, que pretendia seguir a atuar apenas no Conselho Deliberativo.
O jogo que definiu a demissão de Muricy Ramalho - a derrota por 4 a 1 contra o São Caetano - também foi a deixa para Seraphim del Grande aceitar, enfim, o chamado de Belluzzo. "Disse que ia dar mais uma orientação do que outra coisa. Quem tem de definir as coisas do futebol tem que ser o Gilberto (Cipullo, vice-presidente de futebol), o Savério (Orlandi, diretor), o Genaro (Marino, também diretor). Sou totalmente contra o continuísmo", afirmou o dirigente.
Para Seraphim, o caminho para o Palmeiras renovar sua cúpula é promover uma rotação de seus dirigentes. "O (diretor) financeiro vai para o futebol, que vai para o social, e assim por diante. Depois de quatro ou cinco mandatos, teríamos dez dirigentes em potencial para cada uma das áreas, e todos com uma visão global do clube", propõe o cartola.
Sucesso, só com parcerias
O desejo por novas ideias no Palmeiras leva Seraphim a se preocupar em desmistificar a era Parmalat, período no qual o clube conquistou três Paulistas (1993,94 e 96), dois Brasileiros (1993 e 94), uma Copa do Brasil (1998) e uma Libertadores da América (1999), entre outros títulos.
"É até ruim, porque hoje o pessoal fica na ilusão, como se fosse uma época de ouro. Não é bem assim. Tínhamos os nossos defeitos também", disse o dirigente. Os parceiros de Seraphim à época eram Cipullo, que hoje é seu "chefe" no Palmeiras, e José Carlos Brunoro, então diretor de esporte da Parmalat.
O fato é que a multinacional oferecia mais vantagens que a Traffic, atual parceira do clube. A empresa de marketing esportivo quer lucro na operação com o Palmeiras. A Parmalat queria "apenas" a exposição da sua marca. Para isso, contratava os jogadores mais cobiçados do mercado e completava os salários que ultrapassavam o teto salarial do clube. "Era uma parceria incomum, algo que nunca acontece no futebol. Não tem como comparar", explicou Seraphim.
Mas, assim como não soube andar sozinho nos anos seguintes à saída da Parmalat - acabou rebaixado à Série B em 2002 -, o Palmeiras também tropeça na sua primeira temporada sem investimento expressivo da Traffic. Foi o clube que financiou as chegadas do zagueiro Léo, ex-Grêmio, e do volante Márcio Araújo, ex-Atlético-MG. A dupla ainda não emplacou. Lincoln, ex-Galatasaray, e Ewerthon, atacante que estava no Zaragoza, da Espanha, também foram contratados com recursos do Palmeiras, mas ainda não estrearam.
"Eu sempre tive a filosofia de que um grande time acontece. Você não monta. Você precisa ter sorte. Contratar o jogador certo também é sorte...", afirma Seraphim, que junto de Cipullo corre atrás do lateral-direito Vítor, do Goiás, para o Campeonato Brasileiro.
Fim de (qual) mesmice?
Para desgosto de Seraphim, Cipullo e Belluzo buscaram uma "nova Parmalat" assim que tiveram chance. Em 2007, foi a Traffic que contratou o zagueiro Gustavo do Schalke 04, da Alemanha, e o repassou ao Palmeiras. Na virada para 2008, a parceria foi formalizada.
Para esse novo projeto, Cipullo trouxe o técnico Vanderlei Luxemburgo, que em 1993 foi o treinador novato no qual a co-gestão apostou para tirar o Palmeiras do jejum de títulos. Mas, desta vez, acabou demitido, assim como Muricy Ramalho, seu sucessor. A solução encontrada por Belluzzo foi apostar em Antônio Carlos, zagueiro palmeirense entre 1993 e 1995.
“Ele é um vencedor dentro do clube. Isso é mais importante que uma possível falta de experiência”, definiu Belluzzo numa referência ao sucesso do técnico como jogador. Junto com Antônio Carlos veio o preparado físico Carlos Pacheco, outro remanescente da época da Parmalat e que estava no São Caetano.
Não foi a primeira tentativa da diretoria em contratar Antônio Carlos. Em dezembro ele foi convidado para trabalhar como dirigente remunerado. Negou a proposta e, mesmo com nove meses de experiência como treinador, acabou sendo chamado para a vaga que realmente queria.
"Eu conheço muito o caráter dele, a maneira como ele age. Com todo respeito aos técnicos medalhões, acho que temos que apostar em novos nomes", disse Seraphim. "Precisa sair dessa mesmice", completou o dirigente, ignorando que, em se tratando de Palmeiras, Antônio Carlos é mais uma figurinha repetida.
Personagem
Primeira vez
Nova tentativa
Parceiros
Parmalat investiu entre 1992 e 2000
Traffic investe desde 2007, mas não como a parceiro anterior
Gilberto Cipullo
Gerente de futebol entre 1993 e 1996
Diretor de futebol e depois vice de futebol desde 2008
Seraphim del Grande
Vice-presidente de futebol entre 1994 e 1996
Voltou ao futebol em fevereiro, a pedido de Belluzzo
Luiz Gonzaga Belluzzo
Conselheiro influente no início dos anos 90
Voltou à vida política do clube em 2002, após o rebaixamento
Antônio Carlos
Zagueiro do Palmeiras entre 1993 e 1995
Tem em 2010 sua primeira chance como técnico num grande clube
Vanderlei Luxemburgo
Técnico do Palmeiras em 1993, 94, 96
Voltou ao clube em 2008, fazendo parte do projeto com a Traffic
Edmundo
Principal ídolo da era Parmalat, jogou entre 1993 e 95
Teve volta frustrante ao clube em 2006-07
Valdívia
Um dos raros ídolos na década, venceu o Paulista de 2008
Sonho de consumo da diretoria palmeirense, que o vendeu em 2008
Kléber
Atacante ídolo da torcida, campeão do Paulista de 2008
Diretoria tentou retorno, mas teve propostas recusadas pelo Cruzeiro
http://esporte.ig.com.br/futebol/2010/03/10/de+volta+ao+futebol+seraphim+quer+tirar+palmeiras+do+seu+circulo+vicioso+9422680.html
Seraphim del Grande retorna ao departamento de futebol para desmistificar a era Parmalat
Paulo Passos, iG São Paulo
* Goiás elogia ética palmeirense e cutuca rival São Paulo
* Confiante, Lenny não teme sombra de Ewerthon no clássico
* Acesse a página especial do Palmeiras no iG Esporte
As alternativas do presidente Luiz Gonzaga Belluzzo para pôr fim à crise contínua e aos sucessivos fracassos do Palmeiras nos últimos anos comprovam a dificuldade do clube em renovar sua cúpula, procedimentos, técnicos e até mesmo em ter novos ídolos.
Dos dirigentes Gilberto Cipullo e Seraphim del Grande até o retorno do técnico Vanderlei Luxemburgo e a aposta em Antônio Carlos, qualquer tentativa de êxito no Palestra Itália remete à era Parmalat (1992-2000) ou a vitórias efêmeras desta década.
Mesmo quem apoia Belluzzo critica essa estratégia. De volta ao futebol após comandar o departamento entre 1993 e 1996, Seraphim del Grande é a voz mais ativa deles. “Relutei (voltar) porque precisamos de renovação, mas acabei aceitando. Mas acho que não é esse o caminho”, disse o dirigente, que pretendia seguir a atuar apenas no Conselho Deliberativo.
O jogo que definiu a demissão de Muricy Ramalho - a derrota por 4 a 1 contra o São Caetano - também foi a deixa para Seraphim del Grande aceitar, enfim, o chamado de Belluzzo. "Disse que ia dar mais uma orientação do que outra coisa. Quem tem de definir as coisas do futebol tem que ser o Gilberto (Cipullo, vice-presidente de futebol), o Savério (Orlandi, diretor), o Genaro (Marino, também diretor). Sou totalmente contra o continuísmo", afirmou o dirigente.
Para Seraphim, o caminho para o Palmeiras renovar sua cúpula é promover uma rotação de seus dirigentes. "O (diretor) financeiro vai para o futebol, que vai para o social, e assim por diante. Depois de quatro ou cinco mandatos, teríamos dez dirigentes em potencial para cada uma das áreas, e todos com uma visão global do clube", propõe o cartola.
Sucesso, só com parcerias
O desejo por novas ideias no Palmeiras leva Seraphim a se preocupar em desmistificar a era Parmalat, período no qual o clube conquistou três Paulistas (1993,94 e 96), dois Brasileiros (1993 e 94), uma Copa do Brasil (1998) e uma Libertadores da América (1999), entre outros títulos.
"É até ruim, porque hoje o pessoal fica na ilusão, como se fosse uma época de ouro. Não é bem assim. Tínhamos os nossos defeitos também", disse o dirigente. Os parceiros de Seraphim à época eram Cipullo, que hoje é seu "chefe" no Palmeiras, e José Carlos Brunoro, então diretor de esporte da Parmalat.
O fato é que a multinacional oferecia mais vantagens que a Traffic, atual parceira do clube. A empresa de marketing esportivo quer lucro na operação com o Palmeiras. A Parmalat queria "apenas" a exposição da sua marca. Para isso, contratava os jogadores mais cobiçados do mercado e completava os salários que ultrapassavam o teto salarial do clube. "Era uma parceria incomum, algo que nunca acontece no futebol. Não tem como comparar", explicou Seraphim.
Mas, assim como não soube andar sozinho nos anos seguintes à saída da Parmalat - acabou rebaixado à Série B em 2002 -, o Palmeiras também tropeça na sua primeira temporada sem investimento expressivo da Traffic. Foi o clube que financiou as chegadas do zagueiro Léo, ex-Grêmio, e do volante Márcio Araújo, ex-Atlético-MG. A dupla ainda não emplacou. Lincoln, ex-Galatasaray, e Ewerthon, atacante que estava no Zaragoza, da Espanha, também foram contratados com recursos do Palmeiras, mas ainda não estrearam.
"Eu sempre tive a filosofia de que um grande time acontece. Você não monta. Você precisa ter sorte. Contratar o jogador certo também é sorte...", afirma Seraphim, que junto de Cipullo corre atrás do lateral-direito Vítor, do Goiás, para o Campeonato Brasileiro.
Fim de (qual) mesmice?
Para desgosto de Seraphim, Cipullo e Belluzo buscaram uma "nova Parmalat" assim que tiveram chance. Em 2007, foi a Traffic que contratou o zagueiro Gustavo do Schalke 04, da Alemanha, e o repassou ao Palmeiras. Na virada para 2008, a parceria foi formalizada.
Para esse novo projeto, Cipullo trouxe o técnico Vanderlei Luxemburgo, que em 1993 foi o treinador novato no qual a co-gestão apostou para tirar o Palmeiras do jejum de títulos. Mas, desta vez, acabou demitido, assim como Muricy Ramalho, seu sucessor. A solução encontrada por Belluzzo foi apostar em Antônio Carlos, zagueiro palmeirense entre 1993 e 1995.
“Ele é um vencedor dentro do clube. Isso é mais importante que uma possível falta de experiência”, definiu Belluzzo numa referência ao sucesso do técnico como jogador. Junto com Antônio Carlos veio o preparado físico Carlos Pacheco, outro remanescente da época da Parmalat e que estava no São Caetano.
Não foi a primeira tentativa da diretoria em contratar Antônio Carlos. Em dezembro ele foi convidado para trabalhar como dirigente remunerado. Negou a proposta e, mesmo com nove meses de experiência como treinador, acabou sendo chamado para a vaga que realmente queria.
"Eu conheço muito o caráter dele, a maneira como ele age. Com todo respeito aos técnicos medalhões, acho que temos que apostar em novos nomes", disse Seraphim. "Precisa sair dessa mesmice", completou o dirigente, ignorando que, em se tratando de Palmeiras, Antônio Carlos é mais uma figurinha repetida.
Personagem
Primeira vez
Nova tentativa
Parceiros
Parmalat investiu entre 1992 e 2000
Traffic investe desde 2007, mas não como a parceiro anterior
Gilberto Cipullo
Gerente de futebol entre 1993 e 1996
Diretor de futebol e depois vice de futebol desde 2008
Seraphim del Grande
Vice-presidente de futebol entre 1994 e 1996
Voltou ao futebol em fevereiro, a pedido de Belluzzo
Luiz Gonzaga Belluzzo
Conselheiro influente no início dos anos 90
Voltou à vida política do clube em 2002, após o rebaixamento
Antônio Carlos
Zagueiro do Palmeiras entre 1993 e 1995
Tem em 2010 sua primeira chance como técnico num grande clube
Vanderlei Luxemburgo
Técnico do Palmeiras em 1993, 94, 96
Voltou ao clube em 2008, fazendo parte do projeto com a Traffic
Edmundo
Principal ídolo da era Parmalat, jogou entre 1993 e 95
Teve volta frustrante ao clube em 2006-07
Valdívia
Um dos raros ídolos na década, venceu o Paulista de 2008
Sonho de consumo da diretoria palmeirense, que o vendeu em 2008
Kléber
Atacante ídolo da torcida, campeão do Paulista de 2008
Diretoria tentou retorno, mas teve propostas recusadas pelo Cruzeiro
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