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Gestão: quantos jogadores devemos trocar por ano?

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Mensagem  Cavinato Sex Jan 07, 2011 3:17 pm

Qui, 06 de Janeiro de 2011 21:43

Gestão: quantos jogadores devemos trocar por ano?


Por Luís Fernando Tredinnick



Feliz Ano Novo a todos! Neste primeiro post do ano, só posso desejar que 2011 seja melhor para todos nós e que o Palmeiras reencontre o seu caminho para a grandeza!!!!



Nos dois posts anteriores discutimos um pouco como se deve fazer a gestão de um elenco. Primeiro discutimos a quantidade de jogadores e em que posições eles devem jogar. Depois discutimos que para se montar o elenco devemos levar em conta a dinâmica entre os jogadores e a eventual polivalência individual.



Hoje iremos discutir em como gerenciar a troca de jogadores todos os anos e começaremos a ver em como é importante o papel da Diretoria de Futebol no planejamento de longo prazo da equipe.



QUANTOS TITULARES PODEM SER TROCADOS TODOS OS ANOS?



Como todos os clubes de futebol no Brasil precisam vender jogadores para fechar as contas devemos nos planejar para perder jogadores todos os anos e, portanto, reformular o elenco permanentemente.



No livro “A bola não entra por acaso” o ex-diretor do Barcelona afirma que tanto o Barça quanto a Juventus da Itália têm uma política bem definida: não se mexe em mais de um jogador titular por linha de jogo a cada ano. Ou seja, pode-se trocar no máximo três jogadores titulares por ano: um da defesa (zagueiros ou laterais), um no meio-de-campo (volantes ou meias) e mais um atacante.



A explicação é óbvia. Para o time render o máximo dentro do esquema adotado pelo técnico os jogadores precisam se conhecer e se estarem acostumados a jogar juntos. Trocando apenas um por linha de jogo o time mantém a “espinha dorsal” e a chegada de novos jogadores não tem impacto negativo no rendimento do time. Se pensarmos em muitos dos times de sucesso nos últimos anos no Brasil, vemos que geralmente a espinha dorsal do time foi mantida.



Simples, não?



QUANTOS RESERVAS DEVEMOS TROCAR TODOS OS ANOS?



Se para os titulares é relativamente simples a administração, para os reservas a coisa é bem mais sutil.



Vamos assumir que temos um elenco de 30 jogadores nos moldes no post “Gestão: A montagem de um elenco”. Vamos utilizar os volantes como exemplo. No post eu estimei que devemos ter 2 meias titulares e 3 reservas. Evidentemente ao menos um dos volantes deve ter quase o mesmo nível do que os dos titulares, afinal, no caso de lesões ou de cartões, o reserva que entrar deve dar conta do recado. Vamos chamá-lo de “quase-titular”



É difícil acreditar que um quase-titular irá aceitar a condição de reserva por mais do que um ano. Ou seja, provavelmente ele vai pedir para ser liberado para outra equipe onde ele tenha condição de ser titular e mostrar seu futebol.



Se o quase-titular não pedir para sair, provavelmente estaremos diante de uma situação de acomodação. Afinal esse jogador ficou cerca de um ano na reserva. O grande problema é que se ele demonstra essa acomodação, os titulares também tendem a mostrar uma certa acomodação, já que se não existe ameaça ao seu lugar na equipe o jogador tende a não render mais tudo o que sabe em todas as partidas.
Em qualquer um dos casos acima é melhor para a equipe trazer outro jogador para substituí-lo. Cada caso precisa ser analisado para saber se é melhor vender ou emprestar esse jogador



E os outros dois reservas?



Bem, se o elenco foi bem montado, um dos reservas deve ser um jogador júnior, que pode esperar um tempo mais longo para brigar por uma posição de titular. Adicionalmente esse tempo que o jogador fica treinando com os titulares também serve para que ele aprimore seu futebol. O outro reserva provavelmente deve ser um dos jogadores típicos para “compor elenco” que deve estar feliz por estar em um time grande e pode aguardar pacientemente por uma oportunidade.



Dada as situações acima, seria de se imaginar que de 6 a 9 reservas vão acabar sendo substituídos em um ano. Lembrando que sem contar os goleiros nós temos cerca de 16 reservas.



Se formos pensar que nós temos 6 quase-titulares (atacante, meia, volante, zagueiro, lateral-esquerdo e lateral-direito) dos quais 3 terão chances reais com as saídos dos titulares e que dos outros 10 reservas outros 3 ou 4 sairão do clube por motivos diversos, esse número de 6 reservas sendo substituídos parece bem razoável.



O PAPEL DA DIRETORIA DE FUTEBOL



Considerando –se que serão 3 titulares e entre 6 e 9 reservas substituídos todos os anos, temos entre 9 e 12 contratações todos os anos!



A Diretoria de Futebol deve estar prospectando jogadores em tempo integral, já que a cada ano precisará contratar cerca de um time inteiro de jogadores de qualidade a um preço razoável.



Adicionalmente deverá se antecipar à saída dos titulares para que o seu impacto seja o menos sentido possível na performance do elenco.



A questão então passa a ser: de onde virão os novos jogadores? É o que discutiremos na semana que vem!



Saudações Alvi-Verdes


* Luís Fernando Tredinnick escreve às sextas-feiras no 3VV explicando a quem conhece, e a quem não conhece, os números do futebol

Cavinato

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